Rasgaram o papel de parede.
O arranhar das unhas e o arrepio quente
Ecoam pela (a minha?) espinha
E penetrando,
Laceram fundo o dorso de um corpo doente.
Contorço-me, como que contraindo todos os” espasmagóricos” momentos de marasmo.
É magreza extrema a rotina, o fluxo constante e habitual do curso dos dias.
Estagnar.
Talvez a inércia me leve num ímpeto para uma ocasião azada
Onde as fendas do tempo sejam suturadas,
E as conjunturas não se recopilem em extractos de acontecimentos ignóbeis.
Quiçá o torpor me ale de ensejo à bela cidade,
Porventura me eleve à torre mais alta da catedral,
E me deixe quedar em momentos de tempo-nenhum.
Quem sabe!
Pode ser - ainda - que me largue do topo do mundo e me deixe a cair.
Atravessar o âmago da esfera armilar
Alcançar todo o prazer da sabedoria que almejo,
Construir as horas, os dias à minha maneira:
Viajar.
Sem ter de fechar os olhos.
(talvez "isto" faça pouco sentido. talvez. talvez seja todo o texto uma dúvida, ou a tentativa de reproduzir uma dúvida. talvez lhe falte algo, como já mo disseram. talvez. pois que fique com um título à altura: um texto incompleto.)
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
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