segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Textos Incompletos (II)

Rasgaram o papel de parede.

O arranhar das unhas e o arrepio quente
Ecoam pela (a minha?) espinha
E penetrando,
Laceram fundo o dorso de um corpo doente.

Contorço-me, como que contraindo todos os” espasmagóricos” momentos de marasmo.
É magreza extrema a rotina, o fluxo constante e habitual do curso dos dias.

Estagnar.

Talvez a inércia me leve num ímpeto para uma ocasião azada
Onde as fendas do tempo sejam suturadas,
E as conjunturas não se recopilem em extractos de acontecimentos ignóbeis.

Quiçá o torpor me ale de ensejo à bela cidade,
Porventura me eleve à torre mais alta da catedral,
E me deixe quedar em momentos de tempo-nenhum.

Quem sabe!

Pode ser - ainda - que me largue do topo do mundo e me deixe a cair.

Atravessar o âmago da esfera armilar
Alcançar todo o prazer da sabedoria que almejo,
Construir as horas, os dias à minha maneira:

Viajar.
Sem ter de fechar os olhos.


(talvez "isto" faça pouco sentido. talvez. talvez seja todo o texto uma dúvida, ou a tentativa de reproduzir uma dúvida. talvez lhe falte algo, como já mo disseram. talvez. pois que fique com um título à altura: um texto incompleto.)

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

desejo.

como
quem
beija
um
corpo
morto,
num
antro
de
promiscuidade.