Havemos pois de deixar de existir
Na mera contestação das palavras,
De construir à margem dos dias
As quimeras de volutas,
Que engulham até os arrebiques das damas de um cabaret foleiro.
Erguestes a tenda do circo,
Um palco de aberrações e entretenimento,
Postergastes a essência da moral
Sobre o proscénio do dia-a-dia.
E nós vemos,
Olhamos o espectáculo,
Prestamos culto às personagens do altar
E as palavras de protesto cospem-se,
[Um tanto ao acaso]
Enquanto se desterra o propósito
Dos pés que marcham a calçada.
Que seja expatriado esse estrado de perversidade e devassidão!
Não nos prendam ao vosso ininterrupto fado já putrefacto.
Aos espectadores deste assédio, uma palavra: sublevem-se.
Nunca pensei dizê-lo: a sedição nascerá do chão.
Contra os que laboram as burocracias em cima dos andores.
Sou uma estranha filha do meu tempo,
Talvez leiga num assunto tão comum a nós,
Mas a palavra ainda é minha,
E o coração ainda me fala pela boca,
E os versos correrão sequiosos
Nem que pelas margens gastas das folhas de papel.
Não podem calar a voz,
Não podem calar a voz,
[nem podem calar a voz.]
Ou não haverá mais poesia.
domingo, 11 de janeiro de 2009
sábado, 10 de janeiro de 2009
[lights of barcelona] shine on you crazy diamond
"Remember when you were young, you shone like the sun.Shine on you crazy diamond.Now there's a look in your eyes, like black holes in the sky.Shine on you crazy diamond.You were caught on the crossfire of childhood and stardom, blown on the steel breeze.Come on you target for faraway laughter, come on you stranger, you legend, you martyr, and shine!You reached for the secret too soon, you cried for the moon.Shine on you crazy diamond.Threatened by shadows at night, and exposed in the light.Shine on you crazy diamond.Well you wore out your welcome with random precision,rode on the steel breeze.Come on you raver, you seer of visions, come on you painter, you piper, you prisoner, and shine!"
[pin]k floyd.
[pin]k floyd.
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