quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
olh'ó cadáver esquisito!
Lembro-me de quando usava batom vermelho.
E se fosse um vermelho espumoso, seria patologia pulmonar.
E hoje que me deito nua no chão a fumar
Vou agora directamente ao fundo
Com a cabeça pesada na almofada
A descansar a cabeça, cerrar os dentes e esperar pelo pior.
Que há cheiro a café moído que vem da cozinha
Era aquele cheirinho que com as torradas da avó ,lhe recordava a infância e tempos felizes.
Mas agora somos como a moleza dos corpos
Imponentes e seguros, como todos os outros das fotos antigas a preto e branco.
No branco,
O sangue, agora a tingir todo o lençol, a rasgar a imaculada leveza do ser!
A levar-me as gotas salgadas do fundo das tuas costas.
c. e r.
E se fosse um vermelho espumoso, seria patologia pulmonar.
E hoje que me deito nua no chão a fumar
Vou agora directamente ao fundo
Com a cabeça pesada na almofada
A descansar a cabeça, cerrar os dentes e esperar pelo pior.
Que há cheiro a café moído que vem da cozinha
Era aquele cheirinho que com as torradas da avó ,lhe recordava a infância e tempos felizes.
Mas agora somos como a moleza dos corpos
Imponentes e seguros, como todos os outros das fotos antigas a preto e branco.
No branco,
O sangue, agora a tingir todo o lençol, a rasgar a imaculada leveza do ser!
A levar-me as gotas salgadas do fundo das tuas costas.
c. e r.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
de volta a casa.
ele sabe,
sei eu lá como,
palavras minhas na sua boca.
à noite, quando aconchego a cara no seu peito
e espero que ele me afague o cabelo,
posso ficar calada:
com o discurso selado,
como quem peca mas não precisa de revelar os delitos e os pecados.
ele fala por mim.
confessa-me
quando, tendo o corpo mole, liberta pelos poros a essência de si.
eu de certa forma sorrio
e penso "deus, ouve-o, que são os meus demónios que lhe saem da boca e perdoa-me",
que eu perdoo-lhe o despir-me no mundo e o pendurar-me as roupas no estendal do povo.
não que não o quisesse calar entre os cobertores,
- que hoje é inverno, as paredes são de pedras; está frio -
e cerrar-lhe as nossas verdades em si...
ou talvez dizer-lhe que cosi o seu coração doente ao meu coração estragado
e que de tão bem encaixarem, nem se nota a costura,
mas julgo que seria presunção e ele daria os meus medos ao desprezo,
sem sequer se aperceber que eram iguais aos seus.
então fico muda a ouvi-lo falar.
vou sorrindo, enquanto me enrosco nele à espera que o cansaço o vença e ele me embale o sono e a paz de quem morre leve e absolvido, cada dia.
sei eu lá como,
palavras minhas na sua boca.
à noite, quando aconchego a cara no seu peito
e espero que ele me afague o cabelo,
posso ficar calada:
com o discurso selado,
como quem peca mas não precisa de revelar os delitos e os pecados.
ele fala por mim.
confessa-me
quando, tendo o corpo mole, liberta pelos poros a essência de si.
eu de certa forma sorrio
e penso "deus, ouve-o, que são os meus demónios que lhe saem da boca e perdoa-me",
que eu perdoo-lhe o despir-me no mundo e o pendurar-me as roupas no estendal do povo.
não que não o quisesse calar entre os cobertores,
- que hoje é inverno, as paredes são de pedras; está frio -
e cerrar-lhe as nossas verdades em si...
ou talvez dizer-lhe que cosi o seu coração doente ao meu coração estragado
e que de tão bem encaixarem, nem se nota a costura,
mas julgo que seria presunção e ele daria os meus medos ao desprezo,
sem sequer se aperceber que eram iguais aos seus.
então fico muda a ouvi-lo falar.
vou sorrindo, enquanto me enrosco nele à espera que o cansaço o vença e ele me embale o sono e a paz de quem morre leve e absolvido, cada dia.
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
eu cresço e não me dão pijamas.
a má circulação ficou, mas não houve pijama novo que me aquecesse o sono.
valeu-me o edredon de penas.
valeu-me o edredon de penas.
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
natal natal.
porque sou a única pessoa que gosta de receber meias e pijamas no Natal e tem má circulação como os avós, nas mãos. pim.
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