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em carta aberta, o sopro que leva tanto de nós.
dá-me a mão.
dá-me a mão.
dá-me a mão.
dá-me a mão, sob a efémera luz do fim de uma tarde de outono.
e já que deixamos também as folhas cair, sequemos os corpos na terra, durante a noite.
já pensaste nos momentos em "technicolor"? e no vegetar os dias à mercê conubial do tempo?
saciamos a sátira com o planger do malquistado firmamento, aconchegamos o mordaz, que é o apetite numa sombra.
dormimos envoltos do odor da relva molhada e hibernamos.
chegados à impreterível estiagem, somos "terra seca e [uma mão cheia de] miragens", num infinito "loop" empírico de uma natureza, agora morta.
16: Moments [Will Hoffman]
http://www.youtube.com/watch?v=jNVPalNZD_I
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
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4 comentários:
o mais interessante d'isto' é que tudo, tudo(!) são momentos (desses).
passar a olhar assim para as coisas é bem mais interessante. mesmo sabendo que acabam. mas só acabam porque há outro momento que se segue. como as cenas do/de um filme.
"survival by depersonalization — seeing through a camera."
p.s.: gostei muito do texto.
agora, à-la-crítico, «algures entre ricardo reis e manel cruz» hahaha!
há uns quantos cenários possíveis perdidos. hoje enfiei tudo na boca num instante, num momento só, e corri com pernas e dedos e mãos - eu vi mas não agarrei. são só miragens. e o tudo passa ( mas algo fica) . às vezes quero morar nas músicas nos filmes e na poesia e nas pessoas , mas em silêncio ( para chafurdar no amor )
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