terça-feira, 29 de dezembro de 2009

olh'ó cadáver esquisito!

Lembro-me de quando usava batom vermelho.

E se fosse um vermelho espumoso, seria patologia pulmonar.

E hoje que me deito nua no chão a fumar

Vou agora directamente ao fundo

Com a cabeça pesada na almofada

A descansar a cabeça, cerrar os dentes e esperar pelo pior.

Que há cheiro a café moído que vem da cozinha

Era aquele cheirinho que com as torradas da avó ,lhe recordava a infância e tempos felizes.

Mas agora somos como a moleza dos corpos

Imponentes e seguros, como todos os outros das fotos antigas a preto e branco.

No branco,

O sangue, agora a tingir todo o lençol, a rasgar a imaculada leveza do ser!

A levar-me as gotas salgadas do fundo das tuas costas.



c. e r.

4 comentários:

mafalda disse...

os lábios doem-me do vermelho. está tudo sujo.
( cheira-me a impossíveis, mas que o ano seja mais limpo )

j.s. disse...

(:
houve tema?

violent.femme disse...

mafalda,

que ano seja mais limpo (:

talvez a culpa seja do vermelho. eu vou voltar a usar batom, mas de outra cor.

violent.femme disse...

j.s.,

(:

não houve tema.