Havemos pois de deixar de existir
Na mera contestação das palavras,
De construir à margem dos dias
As quimeras de volutas,
Que engulham até os arrebiques das damas de um cabaret foleiro.
Erguestes a tenda do circo,
Um palco de aberrações e entretenimento,
Postergastes a essência da moral
Sobre o proscénio do dia-a-dia.
E nós vemos,
Olhamos o espectáculo,
Prestamos culto às personagens do altar
E as palavras de protesto cospem-se,
[Um tanto ao acaso]
Enquanto se desterra o propósito
Dos pés que marcham a calçada.
Que seja expatriado esse estrado de perversidade e devassidão!
Não nos prendam ao vosso ininterrupto fado já putrefacto.
Aos espectadores deste assédio, uma palavra: sublevem-se.
Nunca pensei dizê-lo: a sedição nascerá do chão.
Contra os que laboram as burocracias em cima dos andores.
Sou uma estranha filha do meu tempo,
Talvez leiga num assunto tão comum a nós,
Mas a palavra ainda é minha,
E o coração ainda me fala pela boca,
E os versos correrão sequiosos
Nem que pelas margens gastas das folhas de papel.
Não podem calar a voz,
Não podem calar a voz,
[nem podem calar a voz.]
Ou não haverá mais poesia.
domingo, 11 de janeiro de 2009
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10 comentários:
JERONIMO! JERONIMO! JERONIMO!
ó Bid,
tu também? xD
"we're runnnig towards nothing, and again, and again, and again, and again, and again..."
Agora sim!
Tu sabes de quem música e de que banda é...
Une,
texto que fale a pena ler sem duvida, um pouco
Bizarre,
no estilo joanino[a], mas sempre preciso, uma estalada na alma para acordar todo aquele, dito pelos ingleses,
Love,
pela patria por nos como seres, chega de continuar a andar por arestas finas, criadas entre os tres pilares do suberano, capital e seus suberanos...the perfect
Triangle,
foi assim chamado um dia, ja mais nao é!
Hoje é berrado nas praças do mundo, sobre o atento olhar da lua,
"Não [me] podem calar a voz,
Não [nos] podem calar a voz,"
Como sempre excelente texto figlia!
["memorias de um copo vazio" ja começou no meu blog..finalmente]
kiss*
*pela patria que nós como seres livres devemos ter
Ar fresco.
Sabes o ar fresquinho de uma manhã de primavera? Que acaba de renascer após um rigoroso inverno?
:)
Beijo*
love ya
s.
segundaface,
obrigada! :)
OGC,
contigo não quero conversa, hmpf! ;)
Eric Draven,
:')
Anónimo que assina S,
pois, tendo em conta que é uma declaração anónima, não duvido!
tu também
querido
Você está estranho.
s.
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